Há quase um mês, desde que saíram os resultados das eleições presidenciais no Quênia, o país enfrenta protestos e tumultos. Quando o presidente eleito Mwai Kibaki ganhou do líder da oposição Raila Odinga, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra os resultados, dando origem a confrontos entre o governo e diversas tribos. A violência já matou centenas de quenianos e exigiu a fuga de mais de 350 mil cidadãos. No dia 16 de janeiro, quarta-feira, Odinga convocou a população para participar de protestos em 42 locais em todo o país, estimulando ainda mais a violência.

Poucos meses antes das eleições, a maior emissora de televisão – NTV Kenya, lançou um canal no YouTube para divulgar notícias sobre o país. Apesar da economia de terceiro mundo do Quênia e de menos de 1% da população ter acesso à Internet, a presença do NTV Kenya no YouTube acabou se tornando uma das principais maneiras dos quenianos exilados saberem o que está realmente acontecendo em seu país natal. O canal já tem mais de 3 mil inscritos e é um dos 100 mais vistos no último mês no YouTube. Os vídeos ali mostram a violência, mas também divulgam os esforços da comunidade internacional para resgatar a nação desse conflito interno, como mostram estes vídeos:



Uma conversa entre YouTubers – quenianos e de outras nacionalidades – está sendo gerada sobre os conflitos no país, e o Instituto Nacional Democrático (uma organização não-governamental que oferece assistência às eleições no Quênia e a outros países em conflito), acabou dando origem a um canal que documenta os esforços em Nairóbi e em outras nações. Este vídeo de uma fila durante a votação mostra como os quenianos estavam sedentos por democracia nas eleições do dia 27 de dezembro de 2007:



Enquanto o futuro do Quênia ainda é incerto, o YouTube continua sendo uma janela para os desafios que o país enfrenta – em outras palavras, você não precisa de caríssimos equipamentos de TV via satélite para saber sobre o caos que assombra essa região.

Sinceramente,

Equipe do YouTube Brasil